quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Cancão do Radical

Na escola
Cheirava cola

Saltava muros
Dava murros

Era porrada
Por tudo e por nada

Fui expulso
Não queria um curso

Trabalhei nas obras
Comia sobras

Queria uma mansão
Guiar um carrão

Para quê comprar
Se podia roubar

Conheci uma rapariga
Tornou-se amiga

Riu-se de mim
Foi o fim

Safou-se por um triz
Com uma cicatriz

Na prisão
Encontrei o islão

O mundo é imoral
Está tudo mal

Aos quarenta de idade
Saí em liberdade

No além
Tudo estará bem

Vou deixar esta vida
Num ataque suicida

Deixar este reboliço
Ir para o paraíso

Está na hora
É agora

A bomba a explodir
Eu a sorrir

Há vida depois da morte
Estou com sorte

As setenta e duas
Vão ser tuas

Vejo um tipo de pé
Deve ser Maomé

Ouve lá
Diz-me cá

Fiz a minha luta
Quero uma festa maluca

Não sabes de nada
Queres uma chapada

Diz que é Buda
Ah, filho da puta